Responzável Técnico, Nutrição e Segurança Sanitária dos Alimentos, MCAT (Várias Localidades Moçambique, Burkina Faso, Gana, Costa do Marfim, Senegal, Gabão, Madagáscar, Uganda, Quênia, Zimbábue, África do Sul / WHO Roster)

Objectivos do programa e objectivos estratégicos imediatos

O objectivo geral do Programa de Nutrição e Segurança Sanitária dos Alimentos (NUT) é proporcionar liderança e medidas para promover a adopção, adaptação, implementação e monitorização a nível nacional de padrões mundiais e regionais com vista ao acesso universal a alimentação segura, saudável e sustentável por pessoas de todas as idades na Região Africana da OMS, através de medidas e serviços eficazes de nutrição. O Programa apoia os Estados-Membros na formulação, implementação e monitorização de políticas, estratégias, orientações, planos de acção e programas multissectoriais integrados e baseados em dados factuais para prevenir as doenças e promover a saúde e o bem-estar através do acesso a intervenções de grande impacto ao longo da vida de cada indivíduo. Estes incidem na prevenção da subnutrição, excesso de peso/obesidade, doenças não transmissíveis relacionadas com a alimentação e doenças de transmissão alimentar. Em colaboração com a Unidade AMR, o Programa NUT leva a cabo a vigilância da resistência aos antimicrobianos nas bactérias transmitidas pelos alimentos, facilitando a colaboração entre os sectores da agricultura, da saúde animal, da saúde humana e do ambiente para lidar com os aspectos da segurança sanitária dos alimentos relativos à resistência aos antimicrobianos. Promove a preparação e resposta a surtos/emergências de doenças de transmissão alimentar e de origem nutricional, incluindo em contextos humanitários. O Programa também ajuda à geração e utilização de dados para uma gestão eficaz dos programas e prestação de serviços destinados a abordar todas as formas de malnutrição; promove uma investigação eficaz em matéria de monitorização, avaliação e implementação para reforçar os programas; e assegura a promoção de parcerias estratégicas e a integração com outras equipas dentro da Organização, para uma melhor prestação de serviços centrada nas pessoas e com parceiros mundiais e regionais, de modo a garantir um apoio harmonizado à nutrição e à segurança sanitária dos alimentos nos Estados-Membros. O objectivo é possibilitar que os países da Região Africana da OMS possam garantir a existência políticas e estratégias baseadas em dados factuais, através de sistemas de saúde reforçados e resilientes, para alcançar o acesso universal a serviços de saúde integrados e de alta qualidade, aumentar a cobertura e a qualidade de intervenções eficazes e criar mecanismos para medir o impacto dessas estratégias e intervenções.

Resumo das funções atribuídas

O titular do cargo deverá desempenhar as seguintes funções:

• O titular do cargo deverá implementar formas inovadoras de trabalho para facilitar uma forte colaboração e correlação com programas, grupos orgânicos e parceiros (Centros de Colaboração da OMS, instituições de investigação e ensino, entidades económicas regionais e sub-regionais, ONG, etc.) para garantir que seja prestado um apoio adequado, eficiente e oportuno aos países, mesmo durante emergências.
• Fornecer conhecimentos técnicos especializados para reforçar as capacidades nacionais de desenvolvimento, implementação e monitorização de políticas, estratégias, planos de acção e programas baseados em dados factuais que aumentem o acesso da população a intervenções com grande impacto na área da nutrição e da segurança sanitária dos alimentos para a promoção da saúde e do bem-estar ao longo da vida;
• Estabelecer parcerias eficazes (no seio dos países designados e entre eles) com outras agências das Nações Unidas, organizações da sociedade civil e instituições de investigação, com vista a apoiar os governos no desenvolvimento e implementação de abordagens integradas e multissectoriais para melhorar a segurança sanitária dos alimentos e reduzir todas as formas de malnutrição.
• Prestar orientações técnicas para a adaptação dos países e a integração de medidas essenciais de nutrição nos pacotes de prestação de serviços de saúde materna, infantil, dos adolescentes, adultos e idosos, em colaboração com outros programas regionais que prestam serviços de sistemas de saúde centrados nas doenças e ao longo da vida;
• Participar na concepção, testagem e divulgação de abordagens ao nível de toda a Região Africana da OMS, com vista à integração de conteúdos em matéria de nutrição e segurança sanitária dos alimentos de base factual e relevantes aos diferentes contextos nos programas curriculares de formação em pré-serviço para médicos, enfermeiros, parteiras, nutricionistas, cientistas alimentares e especialistas em saúde pública;
• Apoiar o reforço das capacidades dos países para uma avaliação nutricional adequada à idade e para a prevenção e gestão da emaciação, outras formas de malnutrição e doenças relacionadas com a alimentação/nutrição em contextos de estabilidade e também de ajuda humanitária.
• Apoiar os países a elaborar e implementar orientações e instrumentos de segurança alimentar para prevenir, avaliar e gerir os riscos de transmissão alimentar;
• No contexto de emergências e surtos, fornecer conteúdos em matéria de nutrição e de segurança alimentar e apoiar a sua integração e implementação no contexto da resposta humanitária, em colaboração com o Grupo Orgânico de EPR (saúde) e com as agências parceiras que trabalham nas áreas da suficiência alimentar, nutrição, segurança sanitária dos alimentos, água e saneamento, controlo das doença, etc.;
• Identificar, documentar e partilhar experiências, melhores práticas e estudos de casos de impacto com os países, o Escritório Regional, outras MCAT e os parceiros;
• Apoiar o desenvolvimento e o reforço de parcerias estratégicas nos países designados, incluindo a elaboração de propostas interagências para a mobilização de recursos destinados a apoiar actividades na área da nutrição e segurança sanitária dos alimentos, e contribuir para o apoio conjunto à implementação, monitorização e avaliação dos programas;
• Apoiar a elaboração de planos de trabalho e propostas orçamentais relacionados, conforme exigido no âmbito do quadro do Regulamento Interno do Pessoal da OMS, regulamentação financeira e procedimentos aceites pelo Escritório Regional da OMS para a África e garantir a integração da avaliação, análise e apresentação de relatórios da avaliação da relação qualidade/preço em todas as actividades implementadas.
• Desempenhar quaisquer outras funções que lhe possam ser atribuídas, incluindo substituir ou apoiar outros membros da equipa, conforme necessário.

QUALIFICAÇÕES EXIGIDAS
Competências da OMS:

• Saber evoluir num ambiente em mutação
• Promover a posição de liderança da Organização na área da saúde
• Produzir resultados
• Criar e promover parcerias em toda a Organização e não só;
• Comunicação
• Respeitar e promover as diferenças individuais e culturais

Conhecimentos e competências funcionais

• Conhecimentos especializados e capacidade para prestar formação na gestão da malnutrição com complicações médicas;
• Experiência comprovada em nutrição em situações de emergência;
• Capacidade para traduzir dados científicos para efeitos de aplicação clínica e de saúde pública;
• Experiência comprovada em medidas multissectoriais.
• Capacidade comprovada para inovar e motivar, orientar e fomentar o desenvolvimento de capacidades nacionais e parcerias

Habilitações académicas

Essencial: Pós-graduação em Nutrição Clínica ou Pública e áreas afins, ou em Ciência e Tecnologia Alimentar.

Desejável:
• Licenciatura em Medicina, Saúde Pública ou Alimentação e Nutrição

Experiência

Essencial:

• Um mínimo de sete anos de experiência em gestão do desenvolvimento e implementação de programas nacionais de nutrição ou segurança sanitária dos alimentos, incluindo a monitorização e vigilância da nutrição, sobretudo na Região Africana;
• Experiência comprovada na concretização de medidas de nutrição nos serviços de saúde de rotina ou em vigilância e rastreio das doenças de transmissão alimentar.

Desejável:

Experiências de trabalho diversas, que incluam o sector privado, ONG, outras agências da ONU ou governamentais relacionadas com a saúde constituem uma vantagem.

Competências linguísticas

Domínio do inglês e/ou francês ou português, com um bom conhecimento da outra língua.

Outras competências (p. ex., TI)
Conhecimento prático de literacia informática com capacidade comprovada de utilizar pacotes de software de escritório normalizado, incluindo ferramentas de cibersaúde.